Trabalhadores de empreiteiras e Sinergia-ES vão às ruas reivindicar respeito e valorização

Após três rodadas de negociação com o Sindifer (sindicato patronal) sem avanços para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2011/2012), os trabalhadores das empreiteiras do setor de energia fizeram várias manifestações e paralisações na Grande Vitória. O sindicato patronal oferecia 5,61% de reajuste salarial e nenhum outro benefício social.

 

No dia 12/05, foi realizada assembleia com manifestação na portaria da EDP-Escelsa, em Carapina, na Serra, onde a categoria exigiu responsabilidade da contratante com os trabalhadores das empreiteiras e aprovou entrar em greve caso a negociação não avançasse.

 

No dia 13, foram realizadas assembleias nos municípios de Linhares, São Mateus, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari, quando os trabalhadores também aprovaram pela paralisação dos serviços.

 

Na terça-feira (17/05), o Sinergia-ES realizou uma reunião com a EDP-Escelsa em que reivindicou a participação da empresa no processo de negociação dos trabalhadores das empreiteiras. O resultado foi uma reunião realizada entre EDP-Escelsa e os donos das empreiteiras, no dia 18/05, para discutir a negociação coletiva.

 

Na quinta-feira (19/05), o Sinergia-ES e o Sindifer fizeram mais uma rodada de negociação aonde foi apresentada uma nova proposta das empresas com reajuste de 6,2%.

Na segunda-feira (23/05), uma nova assembleia foi realizada na portaria da EDP-Escelsa, em Carapina, na Serra, quando a proposta das empresas foi rejeitada e os trabalhadores deflagraram a greve geral.

 

No dia seguinte (24/05), aconteceu uma grande manifestação em frente ao escritório da EDP-Escelsa, na Praça Costa Pereira, no Centro, em Vitória, em que trabalhadores e Sinergia-ES mostraram toda sua indignação e insatisfação com os encaminhamentos dados pelas empreiteiras durante a negociação coletiva.

 

O presidente do Sinergia-ES, Edson Wilson (Edinho), ressaltou a diferença exorbitante entre o piso salarial das empreiteiras e o salário do presidente da EDP-Escelsa (empresa contratante) que chega a quase 100 vezes mais.

 

Edinho frisou ainda que os trabalhadores da EDP-Escelsa e seus prestadores de serviço não podem e não aceitarão ser penalizados pela crise financeira em Portugal.

No mesmo dia, o Sindifer chamou o Sinergia-ES para mais uma rodada de negociação, que iniciou às 16 horas e finalizou às 21 horas sem uma nova proposta das empreiteiras. O

 

Sinergia-ES convocou os trabalhadores para uma assembleia na portaria da EDP-Escelsa, em Carapina, para as 6 horas do dia 25/05, quando a negociação com as empresas continuaria e uma nova proposta deveria ser apresentada para apreciação pela categoria.

 

No dia 25/05, às 10 horas, após exaustiva rodada de negociação e com os trabalhadores em manifestação na portaria da EDP-Escelsa, foi apresentada a nova

proposta do Sindifer.

 

Depois de realizada assembleia com os trabalhadores na portaria da EDP/Escelsa, foram realiza

 

das assembleias com os trabalhadores do interior do Estado que resultou na aprovação da CCT, com índice de 19,42% para este ano e 2012.