Após a negociação coletiva parar na Justiça, os/as trabalhadores/as aprovaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela Eletrobrás na quarta audiência de conciliação, realizada no dia 7 de agosto, no Tribunal Superior do Trabalho(TST)
A proposta da Eletrobrás basicamente reproduziu as premissas feitas pelo TST durante a conciliação do dia 1º de agosto. A proposta garante a manutenção de todas as cláusulas do acordo passado para os próximos dois anos; ganho real de 2,5% (0,8% em maio de 2013, 07% em janeiro de 2014 e 1,0% em setembro de 2014), mantendo a média dos aumentos reais conquistados nos últimos anos; pagamento de quatro talões de tíquete 30 dias após a aprovação do acordo e mais quatro talões de tíquete em maio de 2014; correção da inflação para todos os benefícios, em maio de 2013 e em maio 2014; e pagamento do adicional de periculosidade nos termos praticados em dezembro de 2012. Nagociação A negociação com a Eletrobrás neste ano foi pautada pela falta de diálogo da empresa com a categoria. Em quatro meses de campanha coletiva, apenas três rodadas de negociação aconteceram. Os/as trabalhadores/as de todas as empresas do grupo Eletrobras se uniram por um Acordo Coletivo que fosse satisfatório e realizaram manifestações e greves.
No Espírito Santo, os/as trabalhadores/as de Furnas, que foi uma das bases que mais se mobilizou durante o processo de negociação coletiva, permaneceram em greve por 30 dias. Sem avanços, a negociação foi levada pela empresa para o TST.
O Tribunal fez uma proposta de ACT para evitar que o dissídio coletivo fosse instalado e a categoria voltasse a trabalhar. Os/as trabalhadores/as aceitaram o retorno de suas atividades, mas a empresa não acatou a proposta da Justiça. Em uma nova reunião de conciliação, a empresa recuou e apresentou uma contraproposta oferecendo o que já havia sido colocado na proposta do TST.
Os/as trabalhadores/as do sistema, com exceção dos empregados de Furnas no ES, aprovaram a proposta. No entanto, em assembleia realizada no dia 16/08, os empregados da base de Furnas no ES autorizaram o Sindicato a assinar o acordo específico com a empresa.