Sinergia-ES participa de Fórum sobre Reformas Trabalhista e Previdenciária

O presidente do Sinergia-ES, Edson Wilson(Edinho), participou como debatedor, representando a CUT, no I Fórum de debates sobre a Reformas Trabalhista e Previdenciária. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Técnicos do ES (Sintec-ES), presidido por Bernardino José Gomes, no dia 8/07, no IFES, e transformado em audiência pública do Senado.

 Edinho integrou a mesa sobre Reforma Previdenciária juntamente com o senador Paulo Paim, o Procurador-chefe do Ministério Público Federal do Trabalho do ES, Estanislau Tallon Bozi, e o advogado especialista em direito previdenciário, José Roberto Lopes dos Santos.

O evento também teve a participação da desembargadora do Trabalho, Ana Paula Tauceda Branco; da representante da Federação Nacional dos Técnicos Industriais e Confederação Nacional das Profissões Liberais, Zilmara David Alencar; e do representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Luiz Fernando Barbosa dos Santos, que foram os debatedores da mesa sobre Reforma Trabalhista.

Ameaça aos trabalhadores

O Fórum contou com público representativo de diversas categorias profissionais, estudantes e sociedade em geral. O senador Paulo Paim apresentou projetos de lei e de emendas constitucionais que tramitam no Senado e que darão grandes prejuízos para a classe trabalhadora caso sejam aprovados. Entre eles estão o PLC 30/2015 da Terceirização das Atividades-Fim, que ameaça os direitos dos/as trabalhadores/as e precariza o emprego. Conforme Paim, de cada cinco mortes no trabalho quatro são de trabalhadores de empresas terceirizadas; de cada 10 acidentes de trabalho oito são de empregados das terceirizadas; as diferenças salariais variam de 25% a 70% e 80% das ações na Justiça do Trabalho vêm das empresas terceirizadas.

O senador citou também o PL 4193/2012, conhecido por «PL do negociado sobre o legislado», que coloca as negociações coletivas acima da legislação trabalhista, ameaçando os direitos dos trabalhadores garantidos na CLT.

Paim ressaltou ainda a PLS 432/2013, que regulamenta o trabalho escravo em vez de proibí-lo.

Mobilização

Com relação às mudanças na Previdência, o procurador Estanislau Tallon Bozi afirmou que as alterações precisam ser discutidas com a sociedade e não podem ser definidas “com uma canetada”.

O presidente do Sinergia-ES, Edson Wilson (Edinho), relatou o perigo da PLC da Terceirização e das mudanças na Previdência.

Segundo Edinho, a redução dos salários com a terceirização das atividades-fim afeta diretamente o financiamento da Previdência.

«O governo provisório assumiu os compromissos da pauta neoliberal, como a instituição da idade mínima e reajustes menores do que o INPC para aposentados. Fico imaginando eletricistas de 65 ou 70 anos carregando escada e tendo que subir em postes ou trabalhadores em serviços pesados na construção civil ou agricultura na ativa com esta idade”, frisou Edinho.