Com o propósito claro de manter a política de desmonte da maior empresa de energia elétrica da América Latina, a direção da Eletrobras insiste na retirada de três cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, de modo a facilitar a privatização da empresa. Isso foi mantido pela empresa durante a 3ª rodada de negociação, que ocorreu no dia 9 passado.
As trabalhadoras e trabalhadores do sistema Eletrobras não podem abrir mão das
cláusulas 6ª (Inovações tecnológicas), 7ª (Quadro de Pessoal) e 8ª (Normas e Regulamentos de Recursos Humanos). É o futuro da categoria e a segurança energética do País que estão em jogo.
Retirando do ACT essas cláusulas, a direção da Eletrobras pretende reduzir ainda mais o quadro de funcionários, com demissões em massa, uma vez que o Programa de Demissão Consensual (PDC) da empresa tem sido um fracasso.
Além disso, seguindo o projeto de privatização da Eletrobras, Wilson Pinto e sua
trupe pretendem aumentar a terceirização e inviabilizar a participação das entidades sindicais, restringindo a luta da categoria. Iniciativa essa completamente autoritária, que soa como provocação àqueles que são parte da empresa e constroem todos os dias um dos maiores patrimônios do povo brasileiro.
O momento é de unidade da categoria, que foi consciente ao apresentar uma pauta enxuta, sabendo das dificuldades econômicas em que se encontra o País. No entanto, diante da falta de bom senso da direção da empresa, não nos resta outra alternativa se não reagirmos com grande mobilização contra essa proposta vergonhosa de reajuste de 1% no salário, sem retroatividade. O mesmo percentual aplicado nas cláusulas 24ª (Auxílio alimentação), 25ª (Auxílio educacional), 29ª (Auxílio creche) e 32ª (Benefícios) também sem retroatividade.
Já as cláusulas novas apresentadas pela empresa, como a 43ª (Adicional de Tempo de Serviço – ATS) ficaria congelada por um ano e 44ª (Sistema de Avanço de Nível – SAN) suspensa por 12 meses.
A proposta é absurda e vergonhosa porque a saúde financeira da Eletrobras e suas subsidiárias vem melhorando semestre a semestre. No fim do 4º trimestre de 2018 a empresa teve lucro de 626%, representando um aumento líquido de mais de R$ 13 bilhões.
A única forma de vencermos esses ataques contra os nossos direitos é reagir com coragem e determinação. Fizemos isso no governo Temer e temos as mesmas condições de saímos vitoriosos agora. Não vamos desviar um centímetro do caminho da vitória. Com unidade e luta vamos reprovar novamente essa proposta.
CALENDÁRIO DE LUTA
13/05 a 16/05 – Assembleias Deliberativas
17/05 – Enviar à empresa o resultado das assembleias
22/05 – 4ª Rodada de Negociação