O ano de 2021 foi de muitas incertezas para os/as trabalhadores/as brasileiros/as, pois a pandemia ainda estava forte e a economia brasileira enfraquecida e sem rumo. No ano de 2022, a situação está ainda mais crítica, pela falta de projeto do governo Federal para tirar a economia brasileira da crise, preços elevados da energia e gás e inflação alta corroendo o poder de compra dos salários, e os/as trabalhadores/as fazem malabarismo para se alimentar e honrar suas obrigações.
Nesse cenário nada promissor, o Sinergia-ES iniciou a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho(CCT) 2022/2023. Os/as trabalhadores/as das empreiteiras aprovaram, em assembléias realizadas de 18/02 a 04/03, a pauta de reivindicações, que foi entregue e debatida na primeira reunião realizada entre Sinergia-ES e Sindifer (sindicato patronal), no dia 23/03.
As principais reivindicações dos/as trabalhadores/as são reajuste salarial de 15%; alimentação e refeição no valor de R$ 700,00 mensais sem corte do benefício em casos de faltas justificadas, dias de compensação de horas e dias de liberação por conveniência da empresa; gratificação de eletricista e/ou encarregado que devido suas atividades conduzem veículos da empresa no valor de R$ 182,43 para veículos com capacidade de até 5 toneladas e de R$ 364,85 para veículos superiores a 5 toneladas.“Os/as trabalhadores/as das empreiteiras realizam os serviços de energia em contato direto com os consumidores e precisam ser valorizados.
Ao longo dos anos, conseguimos negociar CCTs com reajustes acima da inflação e alcançamos importantes benefícios como planos de saúde e odontológico e melhorias na alimentação. O Sinergia-ES buscará, com todos os seus instrumentos de negociação, uma CCT que seja satisfatória para os/as trabalhadores/as”, ressaltou o presidente do Sinergia-ES, Marcelo Serafini.
O secretário de Políticas Sindicais e Formação, Edson Wilson (Edinho), informou que o Sindicato oficiou à EDP-ES, contratante das empreiteiras em energia, sobre as diversas notificações extrajudiciais e processos judiciais por descumprimento da CCT. “A maioria das empreiteiras está descumprindo a CCT em vigor em diversas cláusulas. É importante que a EDP-ES se preocupe com os sinais dados pelas empresas contratadas e se envolva no processo de negociação coletiva,”, frisou Edinho.