Os trabalhadores das empreiteiras do setor de energia rejeitaram, em 14 assembleias realizadas entre os dias 15 e 19 de abril, a proposta de convenção coletiva de trabalho (CCT) apresentada pelas empresas.
O Sindifer (sindicato patronal) ofereceu reajuste salarial de 5,61% para as cláusulas econômicas e sociais. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 12,7%; extensão dos planos de saúde e odontológico para os dependentes; aumento da participação nos lucro e resultado; correção da gratificação dos motoristas; reajuste nos vales alimentação e refeição com ganho real, abono salarial, ampliação no número de funções e aumento dos valores na tabela de piso salarial.
Durante as assembleias, os trabalhadores mostraram sua insatisfação quanto à proposta apresentada e reafirmaram a disposição de se mobilizarem para alcançar suas reivindicações.
O Sinergia-ES está atuando para recompor as perdas salariais e obter ganho real para os trabalhadores. O sindicato ressalta a importância dos empregados das empreiteiras para os resultados financeiros das empresas contratantes, principalmente da EDP-Escelsa.
“O desenvolvimento econômico do Espírito Santo vem aumentando, cada dia mais, o número de consumidores de energia elétrica, a quantidade de energia demandada e o faturamento das empresas. Isso exige cada vez mais trabalhadores qualificados e regularidade no fornecimento do serviço. Portanto, esses trabalhadores precisam ser valorizados, com salários dignos, melhoria nos benefícios sociais e condições de trabalho descentes. Não abriremos mão de alcançar reajuste salarial com ganho real e avanços sociais. Vamos utilizar todos os meios necessários, inclusive a greve se for preciso, para avançarmos nesta negociação”, frisou o presidente do Sinergia-ES, Edson Wilson (Edinho).
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