Diante das informações veiculadas na mídia sobre a venda das ações da EDP Portugal e EDP Brasil e verificando as mudanças de comportamento na diretriz da empresa quanto às questões orçamentárias e gerenciais, o Sinergia-ES reivindicou uma reunião com Diretor Presidente do Grupo, Antonio Pita de Abreu.
A reunião aconteceu no mês de julho e a pauta tratou de pontos como a política da empresa, demissões, primarização e indicação do representante do trabalhador para o Conselho de Administração da Escelsa.
Quanto à política da empresa, o Sinergia-ES afirmou que é inadmissível que questões externas (dívidas e dificuldades do Governo Português) ao universo dos trabalhadores da Escelsa, Energest e Evrecy tragam sacrifícios à categoria. O presidente Pita de Abreu ressaltou que a política que vem sendo praticada pelo grupo está mantida e que até o momento não existe orientação da diretoria para alteração.
Demissões Quanto ao boato de demissão de vários trabalhadores, que alguns gestores, para aterrorizar, espalharam na base, o Sinergia-ES afirmou que sempre reagirá de forma firme para reverter situações injustas. Pita de Abreu refutou dizendo que demissões não foram discutidas em momento algum na diretoria e que os deligamentos que acontecerem acompanharão o critério comprovado de desempenho e que será respeitado o princípio do tournover, ou seja, garantida a manutenção da vaga existente.
Primarização Com relação à primarização, reivindicação antiga da categoria, o Sinergia-ES relatou vários exemplos possíveis de melhoria de desempenho e resultado para a empresa caso os trabalhadores de determinados setores fossem do quadro próprio. Pita de abreu reconheceu o pleito dos trabalhadores, mas afirmou ser difícil primarizar todos os setores de uma única vez, pois, conforme ele, aumentaria demasiadamente os custos com pessoal. No entanto, o presidente se comprometeu a estudar, em conjunto com o sindicato, a primarização de forma gradativa de alguns setores da empresa.
Conselho de Administração Por fim, o Sinergia-ES declarou absurda, imoral e vergonhosa a forma que, com anuência da direção da Empresa, vem sendo indicado o representante dos trabalhadores para o Conselho de Administração da Escelsa. Lembrou que no Edital de Privatização é informado que o representante pode ser eleito de várias formas, inclusive diretamente pelos trabalhadores, mas que a maneira adotada hoje, sorrateiramente, distorce o princípio da representação e é um roubo ao direito da categoria.
O Sindicato afirmou que não irá tolerar tal prática covarde de “eleição”, que normalmente é feita escondida e sem divulgação, e caso não haja por parte da empresa a iniciativa de mudar o procedimento, o Sindicato vai impetrar ação judicial para reverter esta aberração e garantir o direito conquistado pelos trabalhadores de ter o seu representante no Conselho de Administração e não um fantoche. Pita de Abreu disse que precisava consultar o jurídico para ver o que pode ser feito, mas que não vê dificuldade em proceder a mudança desde que legalmente estivesse respaldada.
O Sinergia-ES cobrará da empresa cada compromisso e afirmação feita pelo presidente Pita de Abreu e pede aos trabalhadores que mantenham o Sindicato informado sobre qualquer anormalidade observada na Escelsa, Evrecy e Energest.
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