O 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), traz uma notícia otimista: o Brasil caminha para a erradicação da extrema pobreza. De 1990 a2012, a taxa de extrema pobreza no País teve redução de 25,5% para 3,5%.
Os ODM foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, com apoio de 191 países. A agenda internacional estabelece um conjunto de oito metas a serem atingidas até 2015. São elas: 1. Acabar com a fome e a miséria; 2. Oferecer educação básica de qualidade para todos; 3. Promover igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; 4. Reduzir a mortalidade infantil; 5. Melhorar a saúde das gestantes; 6. Combater a Aids, a malária e outras doenças; 7. Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, e 8. Estabelecer parcerias para o desenvolvimento.
Após o ano de 2002, com a criação dos programas Bolsa Família, Cadastro Único e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da agricultura familiar, o Brasil atingiu uma meta ainda mais ousada: em 2008, a taxa de pobreza extrema passou a equivaler a um quarto do índice registrado em 1990.
Segundo o estudo do Ipea, a sequência de sucesso teve continuidade quando em 2011, foi lançado o Plano Brasil Sem Miséria. O conjunto de ações que integram o plano abrange o oferecimento de educação de qualidade, atendimento em saúde, formação profissional e fim da miséria. O sucesso das estratégias possibilitou que, em 2012, a taxa de extrema pobreza registrada no Brasil chegasse a equivaler a um sétimo do que foi estabelecido em 1990.
De acordo com o relatório, o crescimento da formalização e a valorização do salário mínimo também foram fatores importantes para a redução da pobreza no País. O estudo destaca que o índice de formalização oscilou em torno dos 46% da população ocupada de 1992 a2005. Após esse período, de acordo com o estudo, a taxa de formalização começou a se elevar, chegando a quase 58% em 2012.
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