A 6ª rodada de negociação do ACT dos trabalhadores realizada no dia 18 de junho, no Rio de Janeiro, mais uma vez decepcionou toda a categoria que aguardava avanços nas propostas por parte da direção da Eletrobras, porém, o que se viu foi mais uma vez o mais do mesmo. A tentativa de retirada de direitos, especialmente a estabilidade de emprego, a chamada cláusula 7ª do acordo. Além da negativa das cláusulas de inovação tecnológicas e normas e regulamentos de recursos humanos, todas estas que criam obstáculos ao processo de demissão em massa pretendido pelo presidente Pinto Júnior.
A mesa de negociação deixa bem claro que os prepostos da atual direção da empresa não têm muita autonomia para negociar, ficam receosos até mesmo no emprego das palavras, repetem sem parar o discurso da SEST, de que é preciso demitir, a conjuntura mudou e que é fundamental enxugar ao máximo o quadro das empresas. Como forma de gerar mais lucro e preparar a Eletrobras para sua privatização.
Do ponto de vista econômico a proposta apresentada pela empresa continua ridícula, 1,5% de reajuste aplicado às cláusulas econômicas. Isso em um cenário de quase 5% de inflação registrada pelos principais índices de aferição dos preços. Ou seja, o cenário colocado exige do trabalhador do Sistema Eletrobras uma reflexão muito grande do que representa esse acordo coletivo.
A avaliação do CNE é de que os trabalhadores através das suas assembleias devem aprofundar os debates com os dirigentes. Pois se não houver uma mudança radical o caminho será a luta, talvez a mais dura e decisiva dentro das empresas desde que estas foram criadas. Pois, o projeto em vigor no país é o de destruição das empresas nacionais e sua entrega ao capital transnacional, especialmente aquelas que representam nossa soberania, como é o caso do Sistema Eletrobras.
A orientação do CNE é para que os sindicatos se preparem até mesmo no âmbito jurídico, debatendo com suas bases, mostrando a importância da mobilização permanente em defesa dos seus empregos, direitos e da manutenção do Sistema Eletrobras estatal. Vamos à luta!
Calendário de Atividades do CNE
Assembleias
24 a 26 de junho
PLR 2018: cronograma de pagamento somente após avaliação jurídica da Eletrobras
Durante a reunião da comissão da PLR, realizada dia 19/06, no Rio de Janeiro, a direção do Sistema Eletrobras apresentou os resultados “preliminares” dos indicadores de 2018. Os números estão sendo tratados desta forma porque a SEST colocou uma série de condicionantes, e por conta disso o jurídico da empresa ficou de vai avaliar o impacto na PLR, e esses indicadores segundo a Holding ainda poderão sofrer alguma alteração.
A bancada dos trabalhadores pontuou suas discordâncias sobre essas condicionantes, já que a própria SEST expurgou os indicadores de água, combustíveis e energia como havia sido reivindicado! Na reunião os trabalhadores cobraram o cronograma de pagamento. A empresa respondeu que só poderá dar essa informação depois da avaliação jurídica. Eles disseram que a reunião com o jurídico será no dia 01/07.
Sobre a PLR 2019
Os trabalhadores fizeram a apresentação do arcabouço sobre a PLR de 2019 e 2020. A Eletrobras reagiu positivamente sobre as proposições da bancada sindical e solicitou uma “nota técnica” das nossas razões. Na oportunidade foi cobrada a apresentação dos indicadores consolidados de 2019 até o momento.
A direção da Eletrobras não definiu uma nova data de reunião. Vamos cobrar!
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